Donkey Kong é um jogo que foi desenvolvido pela empresa RARE e que foi publicado pela NINTENDO para o seu video game o Super Nintendo. Este primeiro jogo deu origem a dois outros jogos que foram lançados ainda no Super Nintendo, entretanto hoje iremos falar somente do primeiro jogo desta trilogia.
Antes do início da produção de Donkey Kong Country, Chris e Tim Stamper, que trabalhavam na Rare, haviam programado experimentos com uma nova técnologia da época o SGI. Para quem não conhece esta técnologia foi utilizada na produção dos efeitos especiais no fillme do Jurassic Park e também na produção de futuros jogos da Nintendo no Nintendo 64.
Esta técnologia impressionou a Nintendo e após conversas entre o presidente da Nintendo e a Rare, a Nintendo adquiriu 25% da companhia, e produziu um novo título utilizando a tecnologia SGI. Os Stampers então se demonstraram interessados em fazer um novo jogo baseado no personagem Donkey Kong, e receberam a permissão da Nintendo para que o jogo fosse realizado.
Após a escolha do personagem Donkey Kong ele foi redesenhado com uma aparência distinta e tridimensional. Inicialmente, a Rare criou o modelo de Diddy Kong com a intenção de ser uma atualização para o Donkey Kong Jr. porem devido a um pedido da Nintendo este foi criado como um novo personagem, ainda em sua idéia conceitual ele foi nomeado para "Dinky Kong", mas depois de uma reunião entre as empresas foram alterado para o que conhecemos hoje, o Diddy Kong. Uma curioidade que muitos jogadores não sabem é que mesmo o criador do primeiro jogo não estando diretamente envolvido e presente ele fez algumas sugestões de última hora que foram incorporadas no jogo final.
O jogo foi lançado em Novembro do ano de 1994, e ficou conhecido no Japão como Super Donkey Kong. Ele trazia como personagens jogáveis o Donkey Kong e Diddy Kong com a missão de recuperar o seu tesouro de bananas que foi roubado pelo King K. Rool e os Kremlings em Donkey Kong Island.
Uma intensa campanha publicitária, a versão original para o SNES vendeu mais de 9 milhões de cópias, fazendo deste o segundo jogo mais bem vendido da plataforma. O jogo foi uma revolução em termos gráficos para sua época, sendo o primeiro a conter 32 megabits em um cartucho de Super Nintendo, com texturas que foram pré-renderizadas em modelos 3D e uma ótima trilha sonora, provando que o Super Nintendo ainda era um forte concorrente no mercado.
Como parte da campanha publicitária da Nintendo, um vídeo VHS de 15 minutos intitulado Donkey Kong Country: Exposed foi enviado aos assinantes da Nintendo Power. Apresentado pelo comediante Josh Wolf, o vídeo exibia um breve tour pela sede da Nintendo of America em Redmond, Washington, mostrando também filmagens do jogo em suas etapas finais de desenvolvimento. Vários testadores de jogo deram dicas sobre como acessar fases de bônus e desempenhar truques no jogo.
Várias entrevistas promoveram o nível da qualidade gráfica como revolucionário ao padrão dos sistemas de jogos da época. Um segmento ao final do vídeo lembra à audiência que o jogo só estaria disponível para o Super Nintendo e não em suas plataformas rivais de que se diziam possuir o maior poder de processamento da época.
O jogo foi revolucionário em ser um dos primeiros jogos entre os principais sistemas de videogame da época a utilizar gráficos pré-modelados em 3D. Esta técnica foi utilizada posteriormente mais tarde em vários jogos. A Rare assumiu sérios riscos financeiros ao adquirir o caro equipamento de SGI utilizado para modelar os gráficos. Uma nova técnica de compressão desenvolvida localmente permitiu que fossem incorporados mais detalhes e animação a cada sprite em um determinado trecho da memória do que em outros jogos para SNES, melhor representando assim os gráficos pré-modelados. Tanto a Nintendo como a Rare se referiam a esta técnica de animação como um Modelagem Avançada por Computador.
Donkey Kong Country depois do seu lançamento inicial foi adaptado para os consoles portateis e futuros consoles de mesa da Nintendo. Em 2000, uma versão de Donkey Kong Country foi lançada no Game Boy Color. A versão para Game Boy Color adicionou uma nova fase no jogo e modificou uma fase que já estava presente no mesmo. Alem disso esta nova versão possui vários mini-jogos na versão para onde Donkey e Diddy tem de recolher a moeda dourada de banana em todos os mini-jogos dos mundos. Ele possui ainda a técnologia que permitia o salvamento automático depois de completar nível.A versão para GBC teve algumas das faixas descartadas e outras, substituídas, tipicamente por músicas que apareceram em Donkey Kong Land.
Em 2003, outra versão do jogo foi lançada desta vez no Game Boy Advance. Esta versão tinha mais brilho ao custo de contraste e saturação de cores, para tornar o jogo mais visível na tela apagada de LCD do portátil. Ambas as versões do Game Boy apresentavam novos recursos, incluindo mini games, imagens escondidas, e um modo de corrida contra o tempo; A versão para o GBA era jogavel entre dois jogadores. Ambas as versões tinham menor fidelidade de som e uma série de pequenas alterações.
A versão 1.1 para Super Nintendo foi lançada no Virtual Console para o Wii na Oceania a partir do dia 7 de dezembro de 2006 até o dia 19 de fevereiro de 2007. Posteriormente esta versão foi excluída mas foi reintegrada para o Wii U Virtual Console em 2014 e 2015. Em 24 de março de 2016, Donkey Kong Country foi lançado para o New Nintendo 3DS Virtual Console.
Donkey Kong Country contou também com uma trilha sonora popular lançada em CD sob o título DK Jamz. Os compositores Robin Beanland, Eveline Fischer e David Wisecolaboraram neste conjunto de jungle music. A composição diversa consiste em mais de 20 faixas. A trilha sonora também foi o foco de uma colaboração na OverClocked ReMix intitulada Kong in Concert, que foi elogiada por Wise.
Donkey Kong Country teve muito sucesso em seu lançamento, tendo recebido críticas positivas e alcançando a marca de 8 milhões de cópias vendidas. Mais tarde, o jogo foi relançado como um título incluso ao Super Nintendo no "Donkey Kong Set" (que continha o console, um controle, conexões, e o jogo). Isto ocasionou nas vendas de mais um milhão de cópias, resultando em um relançamento Player's Choice em meados de 1998. A versão para SNES recebeu uma classificação de 90%, enquanto que as versões para Game Boy Color e Game Boy Advance receberam 78% do Game Rankings.
O jogo recebeu vários prêmios da Electronic Gaming Monthly em sua premiação de jogos de 1994, incluindo Melhor Jogo para Super NES, Melhor Animação, Melhor Dupla (de Personagens) em um Jogo, e Jogo do Ano. Porém, ele também foi considerado pela revista por ser um dos 10 mais superestimados de todos os tempos antes de seu 200º exemplar de aniversário em 2005. O jogo também alcançou a 9ª posição na lista dos 25 jogos mais superestimados de todos os tempos pela GameSpy em 2003. Apesar disso, ele foi considerado o 90º melhor jogo já feito em uma plataforma da Nintendo na lista dos 200 maiores jogos pela Nintendo Power em 2006. O título recebeu um Prêmio Nintendo Power por Melhor Jogo em 1994 e duas condecorações Kid's Choice por Jogo Favorito em 1994 e 1995, respectivamente.
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